Desafios para Mulher com Deficiência no Mercado de Trabalho

DESAFIO PARA MULHER COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO

As mulheres com deficiência enfrentam desafios únicos e significativos no mercado de trabalho atual. A estatística descreve que 10% da população feminina do país possui alguma deficiência, totalizando 10,7 milhões de mulheres.

Desigualdade salarial.
Outro fator preocupante é a média de valores salariais. Enquanto a média salarial para pessoas sem deficiência é de R$ 1.860, uma análise levantada pelo eSocial mostra que os homens com deficiência ganham, em média, R$ 1.637,50, e as mulheres ganham R$ 1.411,77.

Desigualdade de Gênero.
Tal dado denota uma desigualdade, tanto pelos aspectos da deficiência quanto pela atribuição de gênero; existem mais homens com deficiência do que mulheres no mercado de trabalho. Conforme os dados da Relação Anual de Informações Sociais de 2022, para cada dez pessoas com deficiência empregadas, apenas duas são mulheres.
Ou seja, além do enfrentamento das disparidades salariais de gênero comuns a todas as mulheres, as mulheres com deficiência enfrentam, adicionalmente, a discriminação por serem deficientes.
A discriminação leva a menos mulheres com deficiência sendo contratadas, recebendo salários mais baixos e tendo menos oportunidades de progressão na carreira em comparação com mulheres sem deficiência.

Cultura discriminatória.
Um desafio significativo é a percepção equivocada de que as mulheres com deficiência não são capazes de trabalhar ou contribuir significativamente para uma empresa. A sociedade brasileira ainda não aprendeu que o que incapacita não é a questão sensorial, física ou intelectual, e sim as barreiras impostas pela cultura discriminatória que incapacita as mulheres com deficiência. Portanto, não é a deficiência em si que torna a pessoa incapaz, mas sim os efeitos da exclusão.
Esse imaginário da sociedade capacitista, que discrimina as Pessoas com Deficiência (PCD) em geral, produz muito mais exclusão para a mulher com deficiência do que para o homem. Essa forma de discriminação afeta as mulheres com deficiência desde a educação até a idade adulta, criando uma sensação de inferioridade e limitando suas oportunidades.

O Cumprimento Forçado da Lei de Cotas.
Embora existam leis como a Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91) para promover a contratação de pessoas com deficiência, muitas empresas veem isso como uma obrigação em vez de uma oportunidade para realmente abraçar a inclusão. Observe que 81% dos recrutadores contratam pessoas com deficiência "para cumprir a lei". Apenas 4% declararam fazê-lo por "acreditar no potencial" e 12% o fazem "independentemente de cota".
Por outro lado, não se pode desconsiderar que tal resistência a contratações de Pessoas com Deficiência (PcD) se deve à dificuldade das empresas em investir em ambientes de trabalho acessíveis e acolhedores. Uma solução favorável e salutar para vencer esse obstáculo seria a abertura de crédito e incentivos econômicos oferecidos pelo governo federal, para que empresas pudessem se adaptar a essas leis, além dos processos meramente punitivos de multas ou obrigações. A multa e a obrigação do cumprimento de cotas só trazem coerção e não mudança de pensamento como descrito no parágrafo anterior.
De uma forma ou outra, é necessário que haja adaptações razoáveis, como tecnologias assistivas e estruturas físicas acessíveis; essas são essenciais para que os funcionários com deficiência não apenas ocupem, mas também se destaquem em suas funções. Sem essas adaptações, as mulheres com deficiência podem achar difícil competir em igualdade de condições.

Conclusão
Abordar esses desafios exige um esforço conjunto de empresas, governo e sociedade como um todo para criar uma cultura de inclusão que reconheça e valorize as contribuições únicas de todos os indivíduos, independentemente de suas habilidades.

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